É à beira da ribeira Que Lisboa abre os olhos Quando acorda de manhã...
À cabeça da peixeira Há fruta de mar aos molhos Que põe mais sal na manhã...
É à beira da ribeira Que os marujos vão curtir O resto da bebedeira Que apanharam a sorrir
É à beira da ribeira Que acorda a cidade inteira Que apregoa a vendedeira Que a gente gosta de ouvir
Este tango ribeirinho Sabe a Tejo e sabe a vinho Este tango da cidade Tem navalhas de saudade Tem punhais de solidão A doer devagarinho Dentro do meu coração... Este tango ribeirinho Tem fragatas de carinho Tem andorinhas nas telhas E cravos de por na orelha Sardinheiras encarnadas Junto às toalhas de linho Penduradas nas sacadas Este tango ribeirinho
É à beira da ribeira Que há canalhas e há malandros E mulheres de meia porta...
Mas à beira da ribeira Há cabazes de morangos Que ainda nos sabem a horta...
É à beira da ribeira Que vais esperar o estivador Uma manhã toda inteira Que lhe compra em suor
É à beira da ribeira Que um ramo de erva cidreira Trás a ternura que cheia A Lisboa, meu amor
Este tango ribeirinho Sabe a Tejo e sabe a vinho Este tango da cidade Tem navalhas de saudade Tem punhais de solidão A doer devagarinho Dentro do meu coração... Este tango ribeirinho Tem fragatas de carinho Tem andorinhas nas telhas E cravos de por na orelha Sardinheiras encarnadas Junto às toalhas de linho Penduradas nas sacadas Este tango ribeirinhoTeksty umieszczone na naszej stronie są własnością wytwórni, wykonawców, osób mających do nich prawa.