Infinita campina de ermo Que outrora transbordava grão Um povo talhado enfermo Drenado de todo o seu pão
Comissários fiscais da miséria Vasculham gavetas e frestas Empunham caretas infestas Esbaldam festiva pilhéria
Marasmáticos homens inermes Inchados por parco aporte Aguardam, assim como os vermes A lenta chegada da morte
Opostos na vasta planície Burocratas brindam em júbilo Força de aço, dedos em riste Triunfo do estandarte rubro
E o que primeiro perece Provê alívio ao segundo Que a seu instinto obedece Em um canibalismo imundo
Crias no limite da vida Nutrem pais barbarizados E pais com prudência devida Deixam órfãos abandonados
Peste! Guerra! Fome! Morte!
Cadáveres povoam as ruas, As casas, e os descampados Despejados em covas cruas Sem datas, nomes apagados
E o silêncio domina os campos Tomados por erva daninha Ensurdece todos os santos A humanidade definha...Teksty umieszczone na naszej stronie są własnością wytwórni, wykonawców, osób mających do nich prawa.