E através da vidraça Enegrecida e quebrada A sua voz magoada Entristece quem lá passa
Vielas de Alfama Ruas de Lisboa antiga Não há fado que não diga Coisas do vosso passado
Vielas de Alfama Beijadas pelo luar Quem me dera lá morar Pra viver junto do fado
A lua às vezes desperta E apanha desprevenidas Duas bocas muito unidas Numa porta entreaberta
Então a lua corada Ciente da sua culpa Como quem pede desculpa Esconde-se envergonhada
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