A boca que tomou o gole engoliu a si mesma O interior que se acreditava fechado Explodiu em infinitas aberturas Cada uma com seu caminho Cada uma com seu destino
Pensamentos, imagens e sons Histórias e estórias Diluídas, esquecidas e criadas Por frações de frequências
As camadas de ilusão de um simples fenômeno biológico O que vem de dentro chama e detém toda responsabilidade De toda vida, de toda morte e de toda tentativa de compreensão
Uma peia para cada corte de silêncio Dores inconfundíveis de cura Todo processo de dor é cura E toda cura é dor, no silêncio
Não há de se ter orgulho Nem do líquido nem da boca Nem ser grato a quem alimenta forçado Mesmo que se esteja passando fome
Faminto por resoluções para as quimeras auto-criadas Ergue-se o escudo e não a espada
O corpo prende um espírito que, se existisse, preferiria ser livre A mente confunde o fluxo natural de um animal Palavras criam fantasmas e fazem crer que há escolha em mãos, não há
Enquanto tudo apenas é Ritmo Impossível de ser interrompido
Como as ondas Como os ventos Como as sementes Como os frutos que caem Como a vida que nasce Como o corpo que cai Como a viagem pelo (chá) cipó dos mortos, cipó dos vivos Como a compreensão De que tudo dança junto Na cadência dos sonhos
Sugados pela última boca Logos, devir, herança, música, Ritmo
Mastigados e cuspidos Para todos sentidos Que convergem para o dançar Na cadência dos sonhosTeksty umieszczone na naszej stronie są własnością wytwórni, wykonawców, osób mających do nich prawa.