Muitos por ela passaram, se foram. Lembranças ficaram. Nasceram, cresceram, choraram. Sonharam, viveram, mataram... Fizeram dela os seus caminhos. Construíram nela os seus espaços. Maria que muitos viu sofrer e sorrir a cada amanhecer.
Mariah.
Sentiu gelar o sangue mais quente com a queda do corpo mais forte. A doce lágrima da mãe. O áspero afago da morte.
Mariah.
Infértil solo. Estéreis sementes. Onde o ódio nasce do amor inocente. É tudo que se tem, quando lhe foi negado. Acolhendo os poderosos. Abrigando os mais fracos. Era caco, pedras, mato. Sem asfalto. Casas, vilas, sobrados. Água negra. Vala! Terra da escoria. Estrada para o nada. A mais pobre morada. Uma entre muitas que se mantém esquecidas. Entre esquinas, casas, avenidas. Flores, Lixo e famílias. Ainda sofrida. Rua Mariah!
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