É comum a gente sonhar, eu sei Quando vem o entardecer Pois eu também dei de sonhar Um sonho lindo de morrer.
Vejo um berço e nele eu me debruçar Com o pranto a me correr. E assim chorando acalentar O filho que eu quero ter.
Dorme meu pequenininho, Dorme que a noite já vem. Teu pai está muito sozinho De tanto amor que ele tem.
De repente o vejo se transformar Num menino igual a mim Que vem correndo me beijar, Quando eu chegar lá de onde vim.
Um menino sempre a me perguntar Um porquê que não tem fim. Um filho a quem só queira bem E a quem só diga que sim.
Dorme menino levado, Dorme que a vida já vem. Teu pai está muito cansado De tanta dor que ele tem.
Quando a vida enfim me quiser levar Pelo tanto que me deu Sentir-lhe a barba me roçar No derradeiro beijo seu.
E ao sentir também sua mão vedar Meu olhar dos olhos seus Ouvir-lhe a voz e me embalar Num acalanto de adeus...
Dorme meu pai, sem cuidado. Dorme que ao entardecer Teu filho sonha acordado Com o filho que ele quer ter...Teksty umieszczone na naszej stronie są własnością wytwórni, wykonawców, osób mających do nich prawa.