A chuva derrama em meu corpo Gotas salgadas como lágrimas Rubras como sangue Que escorrem pelas sinuosas vias De um rosto pálido
Frêmitos lamentos silenciosos Acompanham os passos Que em surda cadência avançam Sobre a alquímica mistura De terra e água
Desta terra Exala o odor pútrido e quente Que se mescla ao cheiro das rosas Compondo o sinestésico cenário
O cortejo segue Adentrando os portões Ruidosos e relutantes Do sorumbático antro
Ouço Ao longe O som gelado da lâmina Rasgando a terra E a cada passo O compasso da posteridade Marcando o ritmo De minha própria arritmia
Ao fim O céu nublado É a última imagem Do foco que se distancia Tornando-se cada vez menor Até o último feixe de luz Abraçado pelo manto sepulcral da escuridão Teksty umieszczone na naszej stronie są własnością wytwórni, wykonawców, osób mających do nich prawa. |
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