Órbitas sem olhos, lâmpadas sem luz, maxilas cor d'âmbar, frias como o gelo, faces descarnadas, crânios sem cabelo, formas onde a carne se desfez em pus despiu-nos a terra o tórax e os diversos membros.
Das bocas sem lábios sai-nos uma trova, que é como um punhal esfarrapando a pele. A desoras, quando treme o arvoredo, e o silêncio esmaga as fortes ventanias, no baile macabro damos as mãos frias e vamos dançar cancãs que metem medo.
E quem sabe lá, profunda noite escura, as voltas que demos quando ainda não tínhamos descido à negra vala impura.
Ai quem sabe lá! Que a vida é enigma aonde entramos rindo sem pensar na seca vida... Vale mais morrer, que a morte é a saída... dessa pena injusta, desse infame estigma.
Desse imundo charco... A dor e a angústia, o desengano e a febre, o ouro de um palácio e a fome de um casebre... Que para ver males é que nós nascemos pelas podridões das bacanais devassas, onde o vício bebe por lascivas taças, o veneno um que nos estraga o sangue.Teksty umieszczone na naszej stronie są własnością wytwórni, wykonawców, osób mających do nich prawa.