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Reverand Despair:

Trago comigo memórias de tempos festivos
E parece que foram em outras eras
Outras vidas
São lembranças do que poderia ter sido
Minha idealização para fugir da realidade

Me pergunto se estou morto e que talvez seja essa uma condenação
O porquê desses espinhos que tanto me fere
O que fazer quando todos estão contra você?
O que fazer quando você próprio já se odeia tanto até o ponto de jogar a sua vida no lixo?
Não há uma resposta pra isso
Ninguém está condenado a ser livre do nosso sofrimento

Oblivion:

Minha vida acabou tão cedo
Nem pude colher um sorriso
Nem sequer uma sensação de paz

Poderia ser tão simples
Mas foi tudo tão cruel e lastimado

Fugindo para as montanhas, como um andarilho sem rumo
Me vejo perdido em minha própria consciência
O sentimento invernal gela minhas veias
Nessa agonia sem fim, grito
Mas ninguém me ouve

Apenas sigo movido pela desgraça
Apenas sigo movido pelo medo

"Se nada te aniquila o desalento
Que te invade, e o pesar negro e profundo,
Esconde à Natureza o sofrimento,
E fica no teu ermo entristecida,

Reverand Despair:

Alma arrancada do prazer do mundo,
Alma viúva das paixões da vida.

Coveiro das paixões da vida
Sepultaste os prazeres vividos
Lamentando a felicidade perdida
Despido no Vale do limpo" -Augusto dos Anjos

Arrancado do prazer o mundo
Arrancado do prazer da vida
Não te restou nada
Nada restou
Nada restará
Nunca pode ser renascido aquilo que morreu pra sempre


Oblivion:

Com outros olhos enxergamos o mundo
Com outras perguntas nos questionamos
E outras respostas são ditas
As convicções são mutáveis
Será que realmente podemos nos reconhecer?

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